Na manhã desta sexta-feira (19), a classe artística de Macapá celebrou a inauguração do primeiro teatro municipal da capital. Localizado na Avenida FAB com a Rua Cândido Mendes, o espaço leva o nome do poeta Fernando Canto, e tem como objetivo valorizar e promover a arte e a cultura amapaense.
“Agora, Macapá volta a ter um palco para valorizar e espalhar a cultura e a história desse estado que é tão rico”, destacou o prefeito Dr. Furlan durante a cerimônia de inauguração.
O investimento total foi de R$ 15.637.063,05, sendo R$ 10.572.612,00, provenientes de emenda parlamentar da então deputada federal Sonize Barbosa e R$ 5.064.451,05 de contrapartida do Tesouro Municipal.
Estrutura moderna e acessível
Com área construída de 1.076,75 m², o Teatro Municipal Fernando Canto possui palco, mezanino com capacidade para até 30 pessoas, espaço foyer (área de recepção e espera), além de uma plateia com 108 cadeiras móveis e arquibancada para 288 pessoas. O total é de 400 assentos, incluindo espaços acessíveis para pessoas com deficiência. O local também conta com estacionamento.
O projeto arquitetônico foi inspirado em teatros da capital paraense, como o Gasômetro e o Polo Joalheiro.
Para o ator Jhou Santos, a inauguração representa um marco histórico para os artistas locais.
“É a realização de um sonho. Aqui, nessa casa, vou poder me apresentar e promover a arte do teatro para todos. Por muitos anos, estivemos sem um espaço digno para nossas apresentações”, afirmou.
Homenagem a Fernando Canto
O nome do teatro homenageia Fernando Pimentel Canto, nascido em Óbidos (PA) em 29 de maio de 1954. Sociólogo, doutor, professor, escritor, dramaturgo e compositor, Canto foi uma das principais figuras na valorização da cultura amapaense.
Presidiu a Academia Amapaense de Letras e foi membro de diversas instituições culturais no Amapá e no Pará. Publicou 20 livros em gêneros como conto, crônica, poesia e teatro, além de trabalhos científicos nas áreas da sociologia e antropologia, com destaque para suas pesquisas sobre a Fortaleza de São José de Macapá e a tradição do Marabaixo.
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