Sob a coordenação do delegado titular de Mazagão, José Victor, a Polícia Civil do Amapá iniciou em 2023 uma investigação aprofundada sobre a atuação de uma célula do crime organizado responsável por homicídios, tráfico de drogas e aliciamento de menores no município.
O trabalho revelou uma estrutura hierarquizada e disciplinada, comandada por líderes encarcerados no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), que davam ordens e coordenavam o tráfico por meio de intermediários e executores em liberdade — os chamados “soldados do crime”.

Durante o curso das investigações, foi descoberta a existência de um “estatuto interno” da facção, contendo regras e deveres impostos aos membros, o que evidenciou o grau de organização e comprometimento dos integrantes com o grupo criminoso.

Segundo o delegado José Victor, “a investigação exigiu um trabalho contínuo e minucioso de toda a equipe. Conseguimos compreender a estrutura e o funcionamento interno da facção, o que foi fundamental para desmontar sua base operacional e impedir novas ações violentas na cidade.”
Com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar, a equipe de Mazagão executou diversas etapas da Operação Pax Armata, utilizando técnicas modernas de investigação e integração entre as forças de segurança.

A fase final, deflagrada nesta semana, resultou na prisão de oito pessoas e no cumprimento de mandados de busca e apreensão. Outras três continuam foragidas. Ao todo, vinte investigados foram indiciados por organização criminosa e tráfico de drogas.
As lideranças prisionais foram isoladas em unidades de segurança máxima, e os chefes locais detidos, o que representou um duro golpe na estrutura da facção e uma expressiva redução dos índices de criminalidade em Mazagão.
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